domingo, 20 de dezembro de 2009

Sebastião Alba, sessão de poesia, Gato Vadio, 20/12/09 - 18h

Aos poetas que morrem com muita, muita luz nos olhos.

«Um dos meus remorsos mais pungentes é ter contribuído, quando escrevi alguma poesia, para "enfeitar" de cultura as classes dominantes.»
Sebastião Alba

Leitura de poemas
Nuno Meireles e Júlio do Carmo Gomes
Domingo, dia 20 de Dezembro, 18h Gato Vadio


Não serão muitos os poetas que nos deixam sem palavras. O que dizer?

“Um poeta não se pega”, disse ele uma vez. Ou num poema, “Estar comigo/é o meu nativo/modo de estar”. Talvez desejasse desaparecer, deste mundo, desta vida. Frágil para nele viver, bravio para nele recusar acoitar-se. Nenhuma concessão. Desapareceu para estar vivo.

Na página 98 da Enciclopédia das Literaturas de Língua Portuguesa (Verbo, Lisboa/São Paulo, 1995), a entrada Alba (Sebastião) remete para Gonçalves (Carneiro). Na entrada Gonçalves (Carneiro), na pág. 852, diz-se: “Escritor português, desde muito novo radicado em Moçambique (Braga, 21.6.1941 – Moçambique, 20.1.1974). Frequentou o Instituto Liceal D. Gonçalo de Silveira, na Beira. (…) Obteve dois prémios da Câmara Municipal de Lourenço Marques: um, em 1965, com o conto “A lua do advogado”, e outro, em 1968, com uma poesia. Faleceu num acidente de viação. Em 1975, editou-se em Lourenço Marques “Contos e lendas”, uma colectânea de alguns dos melhores trabalhos do autor, única obra sua publicada”.

Será um equívoco? Ou, a única entrada da citada enciclopédia a fazer jus ao desejo do autor?

A 14 de Outubro de 2000, na noite dividida, foi atropelado na conhecida “rodovia” de Braga por um autocarro. Deixou um bilhete dirigido ao irmão: «Se um dia encontrarem o teu irmão Dinis, o espólio será fácil de verificar: dois sapatos, a roupa do corpo e alguns papéis que a polícia não entenderá». Alba, continuas a assobiar?

Sebastião Alba
Leitura de poemas
Nuno Meireles e Júlio do Carmo Gomes
Domingo, dia 20 de Dezembro, 18hGato Vadio

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Lançamento de livro de Poesia - Labirintho, Porto 2/12/09

Quarta-feira, dia 2, às 23:00H

Lançamento do livro de Poesia

“Pormenor que eu Seja”

de Maria Teresa Mota

Apresentação: Minês Castanheira

Performance: Carolina Rocha e Isabel Martins

Acompanhamento musical: Xavier Ramos (cítara)

Herberto Helder, na próxima sessão da Poesia In Progress - Poetria 3/12/09

"Na próxima sessão, no dia 3/12/09, no Café Progresso, às 21,30h. serão lidos alguns dos poemas obscuramente sublimes de Herberto Helder.

Poeta visceral, telúrico, incandescente, essência da paixão. As palavras queimam e refrescam como bolas de neve a arder.

Muito para além da nossa morte Herberto Helder brilhará nas noites e nos dias dos que toquem nos seus poemas.

Vejam o cartaz anexo, venham e divulguem p. f.
POETRIA"